A arrecadação da União atingiu um recorde em setembro, somando R$ 203,17 bilhões, conforme os dados divulgados pela Receita Federal nesta terça-feira (22). Esse montante representa um aumento real de 11,61% em relação ao mesmo mês de 2023, ajustado pela inflação medida pelo IPCA.
Além disso, o acumulado de janeiro a setembro também foi o melhor até agora, com uma arrecadação total de R$ 1,93 trilhão, o que equivale a um crescimento real de 9,68%.
As receitas administradas pela Receita Federal no mês passado totalizaram R$ 196,64 bilhões, registrando um aumento real de 11,95%. No total do ano, essa arrecadação chegou a R$ 1,84 trilhão, com alta real de 9,67%.
Claudemir Malaquias, chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal, destacou que o crescimento expressivo da arrecadação em setembro é impulsionado por indicadores macroeconômicos positivos, refletindo a atividade econômica.
O mês também contou com uma arrecadação extra devido a calamidades no Rio Grande do Sul, onde prazos para o recolhimento de tributos foram prorrogados. Enchentes severas em abril e maio causaram grandes destruições no estado.
Além disso, fatores atípicos como a tributação de fundos exclusivos, a atualização de bens no exterior e a reintrodução de impostos sobre combustíveis impactaram os resultados. A Receita Federal observou que, excluindo esses fatores, o crescimento real na arrecadação seria de 7,22% para o acumulado do ano e de 8,64% em setembro.
Entre as principais contribuições, a arrecadação do Imposto de Renda Retido na Fonte, especialmente de rendimentos de capital, cresceu 18,71% no ano, totalizando R$ 100,93 bilhões. O aumento foi impulsionado por mudanças na legislação que afetaram fundos de investimento e ativos no exterior.
Os impostos PIS/Pasep e Cofins também se destacaram, somando R$ 45,68 bilhões em setembro, com crescimento real de 18,95%. O desempenho reflete tanto o retorno da tributação sobre combustíveis quanto o aumento da atividade econômica.
O Imposto de Renda de Pessoa Jurídica e a Contribuição Social Sobre o Lucro Líquido também apresentaram crescimento, totalizando R$ 28,01 bilhões no mês. A Receita Previdenciária alcançou R$ 54,49 bilhões, com aumento real de 6,29%, influenciada pelo crescimento da massa salarial e pela postergação de pagamentos.
Os indicadores macroeconômicos também mostram resultados positivos, com crescimento nas vendas de bens e serviços e na produção industrial, o que reforça o bom desempenho da arrecadação.
Os dados completos sobre a arrecadação estão disponíveis no site da Receita Federal.
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