A professora do Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas da Universidade Federal do Piauí (PPGPP/UFPI), Maria do Socorro da Silva Arantes, aprovou projeto no Programa de Desenvolvimento Acadêmico Abdias Nascimento. A iniciativa tem como objetivo avaliar a estruturação, fortalecimento e internacionalização de programas de pesquisa e pós-graduação por meio da mobilidade docente e discente internacional. O resultado foi divulgado na segunda-feira, 4 de março, pela Coordenação de Aperfeiçoamento Pessoal de Nível Superior (CAPES).

De acordo com a professora Maria do Socorro, o projeto tem como tema principal a gestão territorial e ambiental em terras indígenas e quilombolas no Brasil e na Bolívia e será executado em parceria com a Universidade Federal do Amazonas (UFAM), a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e a Universidade Pública de El Alto (UPEA) na Bolívia. "O mais importante é que o Projeto vai garantir 56 bolsas para estudantes indígenas e quilombolas para internalização da pesquisa em gestão territorial e ambiental, a partir do conhecimento indígenas e seu impacto na construção de uma epistemologia para justiça climática. As bolsas de mestrado e doutorado sanduíche serão executadas durante 4 anos, sendo valor total do projeto de 5 milhões e 700mil reais", explicou a professora Maria do Socorro.

FOTO: DIVULGAÇÃO

Arlindo Baré, estudante de Engenharia Elétrica na Unicamp e presidente da UPEI

 

Arlindo Baré, presidente da União Plurinacional dos Indígenas (UPEI), estudante de Engenharia Elétrica na Unicamp, instituição parceira na realização do projeto, falou sobre a aprovação da proposta e as possibilidades criadas. “Esse intercâmbio possibilita a qualificação profissional, científica e comunitária de pesquisadoras e pesquisadores indígenas, com o intuito de formular e implementar a gestão de política de Estado na área de gestão territorial e ambiental. Isso possibilitará que possamos incidir naquilo que a gente considera importante sobre a gestão territorial e na construção de políticas públicas voltadas aos povos indígenas na América Latina”, afirmou.

FOTO: SCS/UFPI

Pró-Reitora de Pós-Graduação da UFPI, Regilda Moreira-Araújo

 

A Pró-Reitora de Ensino de Pós-Graduação da UFPI, Regilda Moreira-Araújo, ressaltou que o projeto é relevante tanto para o intercâmbio, com missão de trabalho para os docentes, como para os discentes, com missão de estudo, e irá impactar de forma direta na internacionalização da pós-graduação da UFPI. Ela ainda dissertou acerca do pioneirismo da Instituição no que se refere a ações afirmativas. “Nós fomos uma das primeiras instituições a aprovar uma resolução de ações afirmativas para negros, pretos, pardos, indígenas e pessoas com deficiência nos cursos de pós graduação stricto sensu”, frisou.

Programa de Desenvolvimento Acadêmico Abdias Nascimento

O Programa é uma parceria entre a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão do Ministério da Educação (Secadi/MEC) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). 

Tem como objetivo propiciar a formação e capacitação de estudantes autodeclarados pretos, pardos, indígenas, quilombolas, população do campo e estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades, com elevada qualificação em universidades, instituições de educação profissional e tecnológica e centros de pesquisa de excelência, no Brasil e no exterior, conforme dispõe a Portaria do MEC n° 1.191, de 27 de junho de 2023.

Com informações da UFPI