O prefeito de Paulistana, Joaquim Júlio Coelho (PSD), está no centro de uma polêmica após tomar medidas controversas na gestão dos recursos públicos.
No último dia 11 de outubro, cinco dias após perder as eleições, Joaquim da Farmácia, como é popularmente conhecido, assinou um Decreto demitindo servidores públicos contratados e ocupantes de cargos comissionados.
A decisão causou revolta em muitos servidores que faziam parte da sua gestão e pode comprometer a prestação dos serviços públicos essenciais à população. O prefeito alegou a crise econômica que assola o Brasil e que afeta, principalmente, os municípios de menor porte como Paulistana.
Apesar da alegação de dificuldades econômicas, no mesmo dia, o prefeito Joaquim da Farmácia contratou uma empresa por R$ 1.856.527,71 (um milhão, oitocentos e cinquenta e seis mil, quinhentos e vinte e sete reais e setenta e um centavos) para aquisição de medicamentos (controlados e injetáveis) e materiais hospitalares e EPI’s para o município de Paulistana.
A empresa Distribuidora Nogueira de Medicamentos Ltda, a DISNOMED, situada na cidade de Picos, foi contratada por meio de Pregão Eletrônico. O contrato milionário tem vigência até 31 de dezembro desse ano.
Os atos do prefeito Joaquim foram alvos de questionamento por parte da população, tendo em vista que o prefeito alega falta de recursos para manter servidores, mas ao mesmo tempo fecha um contrato milionário com uma distribuidora.
Preocupado com os atos do prefeito Joaquim da Farmácia nos últimos meses da sua gestão, o prefeito eleito Osvaldo da Abelha Branca (MDB) esteve no Tribunal de Contas do Estado do Piauí acompanhado do assessor jurídico, Dr. Igor Martins, que é membro da equipe de transição, onde participou de uma reunião com o presidente do órgão de controle, Kennedy Barros, com quem tratou sobre a situação do município Paulistana.
“A gente tem percebido a situação e como está o direcionamento dos recursos e da prestação de serviço público. Então, portanto, estivemos aqui tratando toda a situação que se encontra o nosso município e também pedindo ajuda e o compromisso do Tribunal de Contas para que possamos acompanhar, fiscalizar e monitorar todo o recurso e patrimônio público do nosso município de Paulistana.”, disse o próximo prefeito.
Osvaldo da Abelha Branca salientou que os atos recentes do atual prefeito têm resultado na precarização dos serviços de saúde no hospital e nas unidades básicas de saúde por falta de profissionais; na precarização no serviço de coleta de lixo; na suspensão de passagem para tratamento de saúde em Teresina e suspensão da pensão em Teresina para hospedagem as pessoas que fazem tratamento fora do domicílio.
Visitas: 67968
Usuários Online: 1