Um levantamento feito através de satélite pelo Sistema de Alertas de Desmatamento – SAD Caatinga, parte integrante do MapBiomas Alerta, mostra que o desmatamento continua avançando sobre a Caatinga e, dentro disso, o Piauí ocupa um negativo destaque.
Dados mostram que foram desmatados 115.894 hectares em 2021 contra de 68.304 hectares em 2020 – um aumento de 70% em apenas um ano. Desse total, 80,7% foram desmatados em apenas quatro dos nove estados do bioma: Bahia, Ceará, Pernambuco e Piauí.
Em número de alertas, ou seja, de ações de desmatamento identificadas, houve um salto de 87% entre 2020 e 2021, passando de 5.645 para 10.571. Bahia (3.080), Ceará (2.564), Pernambuco (1.532) e Piauí (1.074) concentraram 78% (8.250 alertas) do total de alertas identificados em 2021.
Em termos de área, foram desmatados 115.894 hectares, o que representa um aumento de 70% em área desmatada em comparação com o ano de 2020 com 68.304 hectares. A área desmatada na Bahia (46.811 hectares), Ceará (20.584 hectares), Pernambuco (14.149 hectares) e Piauí (12.023 hectares), totalizou 93.568 hectares, correspondendo a 80,7% da área desmatada em 2021.
Os municípios que concentram as maiores áreas de Caatinga desmatadas são Jeremoabo (BA), com 3.708 hectares; Parnaguá (PI), com 3.147 hectares, Wanderley (BA), com 2.586 hectares; Santa Rita de Cássia (BA), com 2.394 hectares e Santana (BA), com 2.068 hectares.
Os dados fazem parte de um levantamento que o MapBiomas que tem como objetivo destacar as conexões entre o uso da terra e o desenvolvimento sustentável da região.
“Além da concentração do desmatamento em quatro dos nove estados do bioma, é possível constatar que, em todos eles, a maior parte do desmatamento se dá em poucos municípios. No caso de Sergipe, Minas Gerais e Piauí e, por exemplo, cinco municípios responderam por 65,7%, 43,3% e 37,1% da área desmatada nesses estados, respectivamente”, explica Washington Rocha, coordenador do mapeamento da Caatinga do MapBiomas.
“Esses dados certamente podem ajudar os governos a fiscalizar a legalidade dessa supressão de vegetação natural”, completa.
Fonte: Portal OitoMeia
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